sábado, 22 de outubro de 2011

PALAVRAS SEMANAIS.

O LIVRO E A CICATRIZ

Quando um escritor local lança um livro, converte-se num feito digno de muita consideração. Se somos amigos do autor, o evento torna-se ainda mais significativo, pois conhecemos o percurso de vida que inspirou a edição da obra.
Por isso, tal foi a alegria compartilhada com os amigos e familiares do Romeu Fonseca, no lançamento do livro “Mulher um toque de Amor”, resultado de vários anos de vivência em família, de experiências religiosas nos grupos de oração e de interação com a comunidade. Além do reconhecimento da grandeza da alma feminina, encontra-se o relato de quem testemunha cada frase a partir de sua experiência de vida com a esposa Raquel.
Enquanto aguardávamos o concorrido autógrafo do inspirado escritor, formaram-se várias rodas de conversas. Entre os diversos contatos, tive a felicidade de dialogar com o escritor e historiador, Renato Passos. Em poucos minutos, ouvi belas histórias sobre os tempos antigos, narrativas que foram transmitidas por sua mãe, Clara Passos Ferreira, pioneira na Educação do município. Naqueles dias, o núcleo urbano não passava de 145 moradores, nomes registrados num precioso documento, bem guardado no seu arquivo pessoal.
A conversa tomou novos rumos com a participação do Edemir Zucolotto e do Dr. Francisco Carlos Caldas. Dividimos experiências de leitura, dos autores consagrados aos atuais blogs dedicados aos comentários da conjuntura política. Entre uma fala e outra, o Seu Renato lembrou de uma passagem dos tempos de menino.
Garoto inquieto, vinha correndo com a mamadeira na mão (feita de vidro de biotônico). Caiu quando chegava em casa. A mamadeira transformou-se em cacos. Resultado: um profundo corte na mão direita, até hoje demarcado numa perfeita cicatriz. O que fazer naquela situação, sem médico, farmacêutico ou qualquer outro profissional da saúde? Tudo foi solucionado graças aos préstimos do Sr. Eugênio Caldas, pai do Dr. Francisco, que costurou e tratou o ferimento, sem anestesia, com agulha e fio de costura normal. Não faltou cuidado e psicologia: “você já é bem hominho, não vai chorar!”. Recomposto o corte, um pouco de arnica garantiu a cura definitiva.

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