domingo, 25 de dezembro de 2011

ENCONTRO VERDADEIRO

Fonte: imagesCA1ZYGM3
                        A brisa natalina anuncia a chegada de um tempo especial. Novo brilho resplandece nos horizontes das esperanças humanas para iluminar todos os sonhos e projetos de vida. Momento de paz, de alegria, de confraternização, de encontro com Deus feito homem, de abraçar os irmãos, de dar as mãos numa gigantesca ciranda de felicidade, para celebrar o resgate das trevas simbolizado no Sagrado Nascimento de Belém.
Entretanto, em nossos dias o Natal em quase nada lembra a grande celebração da Boa Nova. Na maior parte, limita-se aos festejos, às compras, às trocas de presentes, tudo acompanhado de muita comida e bebida. Geralmente o barulho e a conversa desenfreada tomam conta dos encontros, contagiando os ambientes sem deixar o mínimo de espaço para a reflexão sobre a mensagem do principal personagem da festa.
Esse comportamento está muito associado ao pensamento publicado recentemente numa rede social: “no fim de ano todos esperam pela chegada daquele que vem para pagar as nossas dívidas, aliviar o sofrimento e trazer a salvação: o décimo terceiro”. Ao comentar essa afirmação, o colunista da Gazeta do Povo, Franco Iacomini, questiona: “Será que o Natal moderno se resume mesmo a estes três cês: canseira, consumo e comida?”.
 A melhor resposta desafia a preocupação com o aspecto social, com o consumo acelerado e com a vontade de extravasar de qualquer jeito os sofrimentos acumulados durante o ano. Por isso, o Natal passa sem deixar marcas de mudanças. No fim da festa, fica muito pouco de significativo. Depois do sono e, em muitos casos, da embriaguês profunda, arrasta-se em direção ao novo ciclo de meses, marcados por lutas para conseguir mais, para gastar mais e desfilar mais prosperidades nas últimas semanas do ano.
 O Natal enquanto evento maior do calendário cristão vai muito além. Todavia, ninguém precisa se enclausurar ou realizar maratonas espirituais para se apossar do verdadeiro sentido natalino. Um pouco de equilíbrio, de harmonia e de recolhimento interior é suficiente para transformar a festa num verdadeiro encontro com Deus, com os familiares e os amigos, e, sobretudo, consigo mesmo.

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