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Fonte: zelmar.blogspot.com |
A última rodada do Brasileirão incendiou o domingo em todos os cantos do país. As mais eletrizantes emoções conduziram as gigantescas torcidas. Parabéns para os corintianos! Depois da ferrenha disputa esticada até os infindáveis minutos do segundo tempo, o grito de campeão articulado por eles foi merecido pelo desempenho no decorrer do campeonato. Destaque para o acaso: enquanto o time conquistava o título nacional, Sócrates, uns dos mais notáveis jogadores da trajetória corintiana, era convocado para jogar nos gramados da eternidade. Coisas da vida e do futebol!
Do outro lado, não faltaram comentários, justificativas e desculpas dos menos agraciados pela vitória. Mesmo com a impossibilidade de mais de um time conquistar o título, os torcedores seguem o campeonato de mãos dadas com a esperança para ver a equipe campeã ou bem próxima do topo. Quando as chances matemáticas inviabilizam o primeiro lugar, ainda resta a torcida pela classificação para a Libertadores. Se a vaga nesse seleto grupo escapou, a briga volta-se para a disputa da Sul-Americana. Desse ponto em diante, já não se pensa em disputa internacional no outro ano, além da desgastante luta para permanecer na Série A.
Todas essas variáveis transformam o futebol na insubstituível paixão brasileira. Mesmo quem não gosta, partilha de maneira involuntária, aqui ou ali, alguns momentos de análises dos lances da última rodada, do desempenho desta ou daquela equipe. Nessas horas, a rivalidade inspira críticas, risadas e muita chacota pelo fracasso dos rivais. Isso é bonito e saudável!
Entretanto, o esporte de maior envolvimento popular perde seu brilho quando a festa é tomada pela violência. Infelizmente, os limites entre a boa torcida e a motivação ao time são ultrapassados por atitudes doentias de fanáticos, pessoas desqualificadas para serem chamados de torcedores. Nos estádios, a polícia organiza operação de guerra para impedir o confronto. Mesmo assim, ao lado das notícias da festa, fica o saldo sombrio do quebra-quebra.
Não fosse isso, a festa estaria completa. Afinal, brigar para quê! Como tudo na vida, as derrotas e vitórias não são definitivas. No próximo ano, tem mais!
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