sábado, 28 de abril de 2012

NO MESMO HORIZONTE


Fonte: www.facebook.com
No último domingo, Prudentópolis encantou o Brasil. Com a participação engajada e contagiante de seu povo, o município venceu a disputa no quadro a “Dança da Galera”, do Domingão do Faustão. Uma festa emocionante para todos os paranaenses. As sombrinhas coloridas embaladas com tanto entusiasmo elevaram a cultura prudentopolitana para além dos horizontes de suas fronteiras.
Fonte: danca-2_620[1]

Por isso, durante a apresentação fomos incluídos na mesma torcida. Além da proximidade e das condições geográficas, guardamos muitas outras semelhanças quanto ao estilo e ao modo de vida, típicas das cidades interioranas. Claro, deve-se resguardar as especificidades étnicas e culturais. No caso, a forte colonização ucraniana, carro chefe da formação histórico-social de Prudentópolis. Porém, o jeito simples e acolhedor das pessoas faz as características de toda a região convergirem para o mesmo ponto, incluindo-se aí todos os municípios do entorno de Guarapuava.

A simplicidade da vida do homem da roça, no cultivo do feijão, no trato com os animais, destacou-se na reportagem. Ao lado das belas paisagens naturais, os costumes e a maneira espontânea de agir conquistaram o público. A vitória veio desse comportamento social composto por muita originalidade, franqueza e respeito, tendo como cenário o verde das matas dos faxinais, em contraste com os riachos cristalinos e as cachoeiras paradisíacas.


No belo espetáculo, também foi possível reconhecer um pouco do Pinhão com suas maravilhas étnicas, culturais e paisagísticas. No domingo mesmo, antes de assistir ao show dos nossos vizinhos, acabávamos de chegar do Faxinal dos Coutos, onde passamos o final de semana, com toda a família, na Pousada Paiol, do nosso amigo Dino Bággio. Um recanto magnífico, formado no vale do Iguaçu. Excelente opção para desfrutar o sossego reconfortante das dádivas da natureza, acompanhado da farta mesa campeira, sem falar na caipirinha do alambique e do encorpado vinho colonial.

Dessa maneira, o destaque televisivo de uma cidade próxima serviu para elevar nossa autoestima local e regional. Por um momento, acompanhamos riquezas humanas e naturais, parecidas com as nossas, seduzirem os maiores centros urbanos do país. Prudentópolis demonstrou-nos como se faz isso!

sexta-feira, 27 de abril de 2012

PINHÃO TAMBÉM REIVINDICA A CONSTRUÇÃO DO HOSPITAL REGIONAL.

Participei em Guarapuava, no dia 18/04, do Ato Público do PSC, em apoio à instalação do Hospital Regional de Guarapuava. A reunião foi organizada pelo Presidente do PSC de Guarapuava, Jauri Gomes, e contou com a participação de várias lideranças empresariais e da área da Saúde Pública. Também prestigiaram o evento o Presidente da Câmara M. de Guarapuava, Ver. João Napoleão, e o Deputado Estadual Leonaldo Paranhos (PSC).
Na oportunidade, o Deputado Paranhos manifestou seu apoio a essa importante reivindicação para a população de Guarapuava e região.

No mesmo sentido, em nome da comunidade pinhãoense, destaquei o quanto o Hospital Regional poderá melhorar a situação das pessoas do nosso município que precisam de atendimento especializado de Saúde.


Esse Ato Público vem somar-se ao trabalho de todas as lideranças políticas que estão atuando junto ao Governo do Estado em prol dessa demanda.

terça-feira, 24 de abril de 2012

CHOQUES FATAIS

Fonte: imagesCA8DE4WK
                      Há cem anos as águas do Atlântico Norte recolheram o Titanic em suas profundezas. Porém, sua história permaneceu na superfície das catástrofes mais surpreendentes do século. O naufrágio do maior transatlântico até então construído alcançou nossos dias como símbolo da fragilidade do ser humano, mesmo com sua incontestável capacidade de realizar fabulosos projetos tecnológicos.

 Imponente, seria impossível afundar, conforme anunciavam seus construtores. Logo na primeira viagem não superou as manobras inclementes do acaso! Por isso, a tragédia, amplamente reproduzida no cinema e em documentários, segue transmitindo inúmeras mensagens muito além dos domínios da navegação. Pela dimensão do acontecimento, as lições de vida se multiplicam, apontando para a necessidade de se redesenhar a convivência em nossa sociedade injusta e desigual.

Infelizmente, as diferenças entre as condições de salvamento da primeira classe e dos viajantes menos privilegiados são reproduzidas em terra firme. A situação econômica, por si, garante vagas nos melhores atendimentos, seja nas questões de assistências emergenciais ou de qualquer outro setor de prestação dos serviços públicos. Com dinheiro, diminuem-se os riscos de perecimento quando as necessidades colocam perigosos obstáculos no caminho das pessoas. Na acirrada competição pela sobrevivência, a solidariedade sempre é a primeira a sucumbir. Salva-se apenas quem pode!

Mesmo com a indiferença comportamental dos espectadores, o trágico fim do Titanic transmite às sucessivas gerações o sinal de alerta da humildade. O colosso dos mares, recoberto de bactérias no fundo do oceano, sinaliza para evitarmos o terrível equívoco de nos sentirmos imbatíveis. Até os mais poderosos estão sujeitos de ir a pique! Basta um descuido ou um deslize promovido pelo sentimento de grandeza para a viagem terminar antes e de forma bem diferente do previsto.

A moderna tecnologia há muito superou as falhas do gigantesco vovô submerso. Hoje, tornou-se mais seguro navegar. Nesse sentido, também precisamos melhorar as nossas atitudes.  Ao nos lançarmos nas travessias deste mundo, podemos evitar muitos choques fatais. Aprendermos com as falhas anteriores, livrar-nos do peso excessivo da arrogância, são medidas fundamentais para conduzirmos a embarcação da vida em segurança até o seu destino final.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

SEM RUMO

Fonte: imagesCAYEQO7F

Começo a escrever sem rumo definido, porém não me deixo abater. Não é a primeira vez, nem será a última. Sentir-se meio perdido de vez em quando, faz parte da caminhada. Aliás, em muitas situações, o caminho incerto conduziu a grandes descobertas. Vejam o exemplo do Cabral. Imaginava estar no rumo das Índias. Acabou desembarcando por aqui. No final, a rota diferente trouxe-lhe melhores resultados.
Meu caso é outro. Não sigo por mares “nunca dantes navegados”. Nem me proponho a grandes deslocamentos. Mesmo assim, avanço às escuras, por não contar, neste momento, com a bússola da inspiração. Sem ela, passo distante do iluminado norte das ideias. Por isso, será muito difícil encontrar o caminho das boas histórias, das narrativas envolventes. Nem vou me arriscar pelos lados dos argumentos bem arquitetados. Seriam poucas as chances de ao menos chegar até eles pelas vias secundárias da enfraquecida reflexão.
O jeito é seguir o caminho cheio de voltas da pequena criatividade. Mesmo à deriva, sempre se chega a algum lugar! Claro, nesta minha viagem em direção ao imprevisto, descarta-se, de imediato, a possibilidade de se descobrir um novo Brasil. Quando ancorar novamente, será fácil reconhecer a terra de outras tantas passagens. Só seguir em qualquer direção para se deparar com as mesmas paisagens de sempre. Então, lá poderei tranquilizar os meus passos? Finalmente terei encontrado o rumo certo?
Nessa condição deveria sentir-me seguro. Saber onde se está pisando, traz o natural conforto do sentimento de proteção. Entretanto, o conhecido é cercado pelos entediantes muros da mesmice. Basta algum tempo ali para a inquietação bater à porta. Enfrentar a incerteza da jornada é desgastante, mas garante valiosa recompensa. Permite a escolha da direção, seguindo-se apenas os impulsos dos ventos da liberdade. Por isso, não há dúvidas: sentirei saudades deste vagar sem rumo!
De qualquer modo, ir em frente, mesmos às voltas, significa ter diante de si o iluminado horizonte das novas conquistas. Ao visualizá-las, sem o auxílio dos instrumentos de orientação, descobre-se ter seguido o rumo certo. Caso contrário, a viagem segue. Até encontrá-lo.

sábado, 7 de abril de 2012

REINCIDÊNCIA


Fonte: imagesCAG0PFS2
                           A canção “Um certo Galileu”, do Pe. Zezinho, todos os anos oferece belas reflexões sobre os acontecimentos pascais. Em poucas estrofes, temos as principais imagens de toda a doutrina cristã.  Mesmo sendo uma música bastante conhecida, continua a mexer com a gente, por destacar o impacto das palavras de um jovem simples enquanto projeto de vida para o ser humano.

“O fenômeno de um jovem Galileu” continua atraindo pessoas em todos os lugares. Os séculos se sucedem, o homem se reinventa. Surgem novidades tecnológicas fantásticas. Os costumes, o convívio em sociedade, tudo se transforma. O mundo onde se deu o advento do cristianismo tinha outras necessidades.  As pregações compiladas nos Evangelhos refletem aquele contexto histórico-social. Então, uma pergunta apresenta-se inevitável: por que após tanto tempo as mesmas palavras continuam atraindo multidões?

Em qualquer sociedade, sempre existiram pessoas com maior destaque. Um grupo seleto com talento especial em alguma área. Ideias, inventos, contribuições significativas para a humanidade costumam garantir lugar nos degraus mais elevados da fama. No entanto, tudo é transitório. Quanto tempo um homem consegue ser reverenciado? Por mais relevante feito, ninguém permanece como referência no cenário mundial muito além de findar seus dias. Aos poucos, o famoso vai se apagando. Tudo vai parar nos livros e em outras formas de registro, na vã ilusão da perpetuação de uma grande personalidade.

Só por essa rápida constatação, percebemos a grandiosidade incomparável da doutrina cristã. O tempo nada pode fazer para apagá-la ou diminuí-la. Ao contrário, quanto mais distante ficam aqueles dias lá no Monte das Oliveiras ou nos outros cenários usados pelo Jovem Galileu, tanto mais as pessoas recorrem aos seus ensinamentos para encontrar orientação na difícil travessia pelos mares da vida.
Fonte: imagesCAB41AW6


                  Mesmo assim, o ser humano continua reincidente na crucificação. No caso da Saúde Pública, tema da Campanha da Fraternidade, observam-se as injustiças sociais, as desigualdades absurdas, o tratamento vergonhoso da população mais carente. Todos os dias as fortes cenas do Calvário são revividas por inúmeras famílias, vítimas da precária assistência, do humilhante atendimento na base da troca de favores políticos.