
Os Educadores buscam a concretização dos discursos.
Virou senso comum nas manifestações oficiais reconhecer a importância da
Educação. Principalmente quando se está diante de solenidades ou inaugurações
em algum estabelecimento de ensino. Em ano eleitoral, a conversa afunda-se
ainda mais em elogios ao bom desempenho dos professores, mascara a realidade
com pequenas ações e suaviza os descontentamentos com novas promessas.
Na prática, observa-se a falta de compromisso efetivo
em garantir a Educação de qualidade aos alunos. As condições de funcionamento
das escolas públicas Brasil afora testemunham o descaso generalizado. A
preocupação é garantir as vagas. Se as carteiras estão ocupadas e na frente da
sala encontra-se o/a professor/a, para as autoridades governamentais, está tudo
funcionando muito bem. As condições reais para se concretizar o processo
ensino-aprendizagem de maneira eficaz, não entram em questão.
As “novidades” não passam da implantação dos
laboratórios de informática e de outros instrumentos tecnológicos, já bastante
defasados diante dos modernos meios de acesso à informação on-line. Em muitos
casos, os computadores estão amontoados, sem uso por falta de manutenção. É
comum encontrar escolas com problemas de conexão ou com internet de baixa
velocidade. Na realização de pesquisas, professores e alunos desperdiçam tempo
precioso para acessar as páginas ou baixar arquivos.
Essa situação precária encontra reflexo na falta de
reconhecimento profissional. O estabelecimento do piso nacional da educação, valor
mínimo (mínimo mesmo!) para um profissional com nível superior, de R$ 1.451,00,
a ser implantado em todo o país, ainda não chega a muitos bolsos educadores.
Para observar o descaso com o magistério, basta olhar para o nosso município. Nos
últimos anos houve corte das gratificações dos Professores do CNS, corte do quinquênio,
pagamento pela metade aos professores com dobra de padrão. Dessa maneira, como
falar em Educação de qualidade?
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