No fim de semana (17-19/02), tive a oportunidade de
revisitar os tempos antigos ao acompanhar a grande tropeada promovida pela
Associação dos Tropeiros de Pinhão. Foi um evento digno de registro em espaço
privilegiado da nossa memória, entre as lembranças mais importantes,
inesquecíveis.
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Chegada dos Tropeiros: mais de 50 Km no resgate dos tempos antigos. |
A comitiva foi reforçada por alguns cavaleiros
de Reserva do Iguaçu, representada pelos amigos da Família Machado. Só pelo
percurso, pode-se, no mínimo, destacar os participantes no rol dos homens e das
mulheres mais corajosos e determinados. Foram mais de 50 Km até o distrito do
Pinhalzinho, no resgate das trilhas do passado. Estrada acidentada, serras
intermináveis, cascalho solto, além de muita poeira sob o fervilhante sol
destes dias destemperados.
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Bóia bem campeira! |
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Chimarrão e muito causo animado. |
O trajeto foi dividido em duas etapas. No
primeiro dia, o grupo fez uma parada para pouso no Pimpão. Foi recepcionado na
propriedade do Giovane Brolini, filho do saudoso Darci Brolini, um dos nossos
mais brilhantes lideres políticos, grande incentivador do tradicionalismo e da
valorização das raízes culturais pinhãoenses. O ambiente nativo, a comida
típica, o povo animado, a sanfona chorosa, o canto do galisé, a tropa no pasto,
a negritude mágica da noite enfeitada de estrelas, tudo ali nos transportava à
valorosa época dos antepassados.
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Giovane Broline e famíla recepcionam gentilmente os tropeiros. |
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João Paulo e Péricles (Péke), talento pinhãoense no comando da animação. |
Sábado cedo, a tropeada rumou para o destino
final. No Pinhalzinho, foi gentilmente recebida pelo Seu Lauro Glovaski e
família, num recanto recoberto pelas mais preciosas dádivas da natureza. Lá, a
festa foi conduzida por incontável animação, com direito a churrasco de
primeira, recheando o consistente cardápio da roça. Os tropeiros reuniram-se
aos laçadores e tradicionalistas num disputado rodeio. Na pista, entre um lance
de laço e outro, a reconstrução das jornadas dos boiadeiros na lidas da vida.
Mais tarde, o bailão chacoalhou a noite campeira!
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Viradiando logo cedo pra aguentar a peleia! |
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Seu Lauro, seu filho Laercio e toda a famíla Glovaski: calorosa recepção aos tropeiros. |
No arremate e no retorno da festança, o povo
subiu a Serra do Pimpão com o coração mais leve, após ter reatado algumas
pontas do nosso passado, ao reconstituir a caminhada das antigas gerações. No
silêncio encantador daquelas matas, é possível encontrar o testemunho do
tropeiro conduzindo junto com a tropa o progresso do nosso chão.
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Desfile dos tropeiros. |
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Hêra boi! |
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