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Fonte: imagesCAG0PFS2 |
A canção “Um certo Galileu”, do Pe. Zezinho, todos os
anos oferece belas reflexões sobre os acontecimentos pascais. Em poucas
estrofes, temos as principais imagens de toda a doutrina cristã. Mesmo sendo uma música bastante conhecida,
continua a mexer com a gente, por destacar o impacto das palavras de um jovem
simples enquanto projeto de vida para o ser humano.
“O fenômeno de um jovem Galileu” continua atraindo
pessoas em todos os lugares. Os séculos se sucedem, o homem se reinventa.
Surgem novidades tecnológicas fantásticas. Os costumes, o convívio em
sociedade, tudo se transforma. O mundo onde se deu o advento do cristianismo
tinha outras necessidades. As pregações
compiladas nos Evangelhos refletem aquele contexto histórico-social. Então, uma
pergunta apresenta-se inevitável: por que após tanto tempo as mesmas palavras
continuam atraindo multidões?
Em qualquer sociedade, sempre existiram pessoas com
maior destaque. Um grupo seleto com talento especial em alguma área. Ideias,
inventos, contribuições significativas para a humanidade costumam garantir
lugar nos degraus mais elevados da fama. No entanto, tudo é transitório. Quanto
tempo um homem consegue ser reverenciado? Por mais relevante feito, ninguém
permanece como referência no cenário mundial muito além de findar seus dias.
Aos poucos, o famoso vai se apagando. Tudo vai parar nos livros e em outras
formas de registro, na vã ilusão da perpetuação de uma grande personalidade.
Só por essa rápida constatação, percebemos a
grandiosidade incomparável da doutrina cristã. O tempo nada pode fazer para
apagá-la ou diminuí-la. Ao contrário, quanto mais distante ficam aqueles dias
lá no Monte das Oliveiras ou nos outros cenários usados pelo Jovem Galileu,
tanto mais as pessoas recorrem aos seus ensinamentos para encontrar orientação
na difícil travessia pelos mares da vida.
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Fonte: imagesCAB41AW6 |
Mesmo assim, o ser humano continua reincidente na
crucificação. No caso da Saúde Pública, tema da Campanha da Fraternidade, observam-se
as injustiças sociais, as desigualdades absurdas, o tratamento vergonhoso da
população mais carente. Todos os dias as fortes cenas do Calvário são revividas
por inúmeras famílias, vítimas da precária assistência, do humilhante
atendimento na base da troca de favores políticos.
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